Médicos e a busca por seguidores: o desejo pela autoridade digital a qualquer preço

Quando o número começa a valer mais do que o nome

Ser reconhecido como autoridade na sua área é legítimo.
Muitos médicos já conquistaram isso no offline: são referências, atendem casos complexos, participam de congressos, publicam artigos, têm nome.
Mas quando chegam ao digital, surge a insegurança:

“Se eu não tiver muitos seguidores, será que sou mesmo autoridade?”

É aqui que começa o problema.
Porque autoridade não depende de validação do Instagram — depende de consistência de entrega.

A ilusão dos números: seguidores ≠ autoridade

Não é raro ouvir:
“Minha agenda está cheia, mas eu preciso de mais seguidores.”
A partir daí, muitos começam a buscar atalhos:

  • impulsionam card sem estratégia;
  • compram seguidores ou entram em campanhas de sorteio;
  • contratam “soluções mágicas” que prometem crescimento rápido;
  • copiam o que um colega fez, sem olhar se o contexto é o mesmo.

O resultado?
Métrica de vaidade.
Números altos, mas pouca conversa real com o público.
E, às vezes, até prejuízo de credibilidade — porque seguidor falso, seguidor de outro país ou seguidor que não é paciente não traz consulta.

Se autoridade fosse número, bastava comprar 10 mil seguidores e pronto.
Mas você e eu sabemos: não funciona assim.

O erro das decisões impulsivas

Marketing médico não é “testar modinha”.
É estratégia, leitura de público e paciência.

O que muitos médicos fazem:

  1. investem em algo sem entender;
  2. não veem resultado rápido;
  3. abandonam;
  4. escutam o que o colega fez;
  5. mudam tudo de novo.

Esse ciclo de “pula de estratégia” cansa, gasta e não constrói posicionamento.
Porque autoridade precisa de tempo para ser percebida.

O que realmente gera autoridade digital

Autoridade real não está na quantidade de seguidores, e sim na qualidade da relação que você cria com quem te acompanha.

Conteúdo de valor – explicar bem, educar, organizar a informação médica para o leigo.
Consistência – aparecer com regularidade, não só quando sobra tempo.
Relacionamento – responder, ouvir, interagir; mostrar que não é um perfil robotizado.
Prova social – depoimentos, palestras, participação em eventos, mídia.
Posicionamento claro – o que você faz que os outros não fazem? em que você acredita? como você atende?

Isso é o que faz o paciente pensar:
“Quero ser atendido por esse médico.”
Não é o número que faz isso.
É a percepção de autoridade.

Conclusão: não troque o sólido pelo rápido

Na prática, doutor, não troque o que já está estruturado pelo que parece mais rápido.
O digital tem armadilhas, e uma das maiores é acreditar que a autoridade vem do volume.

A autoridade verdadeira:

  • nasce da entrega;
  • é sustentada pelo conteúdo;
  • e aparece no consultório, não só no feed.

Se você já é autoridade no offline, o que você precisa não é de mais seguidores — é de tradução digital da sua autoridade.

Marketing médico não é corrida de 100 metros.
É maratona.

Cláudia Flehr
Carreira & Marketing Médico
Seguidores passam. Reputação fica.

Abrir bate-papo
Olá 👋
Podemos ajudá-lo?