O paciente chega cheio de expectativas

A consulta começa antes do primeiro atendimento

Antes de sentar na sua frente, o paciente já pesquisou no Google.
Já viu o seu Instagram.
Já leu comentários no Doctoralia.
Ouviu a opinião de alguém.
E, sem que você saiba, já criou uma imagem sobre quem você é.

Ele chega com uma expectativa — mesmo que você nunca tenha prometido nada.

E aqui está o ponto: o marketing que você faz, ou deixa de fazer, constrói essa expectativa.

Tudo comunica: até o que não é dito

O tom das suas legendas, o jeito que responde uma mensagem, a estética do consultório, a forma como sua equipe atende — tudo isso molda o que o paciente espera de você.

O marketing médico não é só sobre o que você diz.
É sobre o que você transmite.

E quando a realidade entrega menos do que a imaginação criou, a frustração aparece — mesmo que o diagnóstico esteja certo e o plano de tratamento impecável.

Porque experiência não se mede apenas com resultado.
Ela se mede pela coerência entre o que se espera e o que se recebe.

O perigo da promessa implícita

Você pode não prometer nada, mas o paciente cria uma narrativa com base no que vê.
E o que ele vê no digital se transforma em expectativa presencial.

Por exemplo:

  • Se o feed mostra acolhimento, ele espera empatia.
  • Se o site mostra tecnologia, ele espera precisão.
  • Se os vídeos mostram tempo e escuta, ele espera calma.

Quando essas percepções não se confirmam no consultório, a quebra é silenciosa, mas profunda.

Essa incongruência é o que destrói reputações — não erros técnicos, mas ruídos emocionais.

A confiança nasce da coerência

Não é sobre prometer menos.
É sobre comunicar com verdade.

Quando o marketing é alinhado com a realidade da entrega, o paciente se sente seguro.
Ele entende o que esperar — e confia no que recebe.

Por isso, o primeiro passo para fortalecer a sua reputação não é investir em mais anúncios.
É garantir que o que você mostra é o que realmente acontece.

A coerência entre imagem e prática é o que transforma percepção em confiança.
E confiança é o ativo mais valioso de qualquer médico.

Conclusão: o médico comunica até no silêncio

Na prática, doutor, você pode não prometer — mas está sempre comunicando.
O paciente lê seus gestos, interpreta sua expressão, percebe seu ritmo.
Cada detalhe compõe a experiência.

Marketing médico humanizado é sobre alinhar o que o paciente vê com o que ele sente.
Quando isso se encaixa, a expectativa vira vínculo — e o vínculo vira reputação.

Cláudia Flehr
Carreira & Marketing Médico
Porque toda comunicação médica começa antes da consulta.

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