A consulta começa antes da consulta
Vivemos uma transformação silenciosa, mas profunda.
Hoje, antes mesmo de entrar no consultório, o paciente já pesquisou o médico, leu avaliações, assistiu vídeos, rolou o feed do Instagram e formou uma opinião sobre quem vai atendê-lo.
Ou seja: o paciente já conhece o médico.
Mas… o médico conhece o paciente?
A maioria dos profissionais já entendeu que precisa estar no digital.
Mas poucos perceberam que o digital também está mudando o paciente — e mudando rápido.
Esse novo paciente não chega mais “em branco”.
Ele chega com prints, com o exame no celular, com dúvidas específicas, com vídeos do TikTok, com falas de outros médicos e, às vezes, até com uma sugestão de tratamento.
A relação que antes era totalmente vertical — médico fala, paciente escuta — deu lugar a uma relação de troca.
Isso não é um problema.
É uma oportunidade.
O paciente informado pode aderir melhor ao tratamento.
O paciente que entende o que tem faz menos comparações perigosas.
O paciente que se sente respeitado volta — e indica.
O médico digitalmente invisível está em desvantagem
Hoje os pacientes buscam identificação antes da consulta.
Eles querem ver se o médico tem o perfil que eles procuram, se fala com clareza, se atende o caso deles, se já explicou sobre aquele procedimento.
Por isso, ter presença digital não é vaidade — é parte do cuidado.
- Sites, redes sociais e avaliações moldam a confiança.
- O Google virou porta de entrada.
- O Instagram virou vitrine de autoridade.
- O YouTube e o TikTok viraram espaços de educação.
O médico que não aparece nessas camadas pode parecer menos acessível — mesmo sendo excelente tecnicamente.
Conhecer o paciente vai além da anamnese
Se o paciente chega mais informado, o médico também precisa chegar mais preparado.
Vale perguntar:
- Quais são os medos desse novo paciente?
- O que ele já viu sobre o próprio sintoma?
- Quais expectativas foram criadas pelo Google, Instagram, TikTok e YouTube?
- Ele veio por indicação ou por conteúdo?
Porque a consulta deixa de ser apenas clínica e passa a ser também uma consulta de alinhamento de expectativas.
O paciente já conhece o médico antes da primeira consulta.
Agora, cabe ao médico conhecer também quem é esse paciente.
Conclusão: a conexão começa online
A conexão médico-paciente não começa mais no consultório — começa online.
Começa no conteúdo que você posta.
No jeito como sua equipe responde.
Na segurança que o seu site passa.
Na forma como você explica o que faz.
Quem entender esse novo cenário vai ocupar um lugar de vantagem: o de médico que cuida também da comunicação.
Cláudia Flehr
Carreira & Marketing Médico


