Tráfego pago não é fórmula mágica
No marketing digital, o tráfego pago costuma ser visto como a solução rápida para lotar a agenda.
“É só impulsionar.”
“É só fazer anúncio.”
“É só colocar dinheiro que o paciente vem.”
Mas, se fosse assim, ninguém pularia anúncios no YouTube.
O fato é: o anúncio só funciona quando a plataforma é bem usada e quando o conteúdo é bom.
Sem isso, é só gasto — não investimento.
Plataformas entregam para quem sabe usar
Instagram, Facebook, Google e YouTube foram feitos para entregar anúncios para as pessoas certas, no momento certo.
Elas têm tecnologia para isso.
O problema não está na plataforma.
O problema está em campanhas mal configuradas, mal segmentadas e com criativos fracos.
Quando o médico só aperta “impulsionar”, ele está dizendo para a plataforma:
“mostra isso pra qualquer um”.
E aí o anúncio chega para quem não tem interesse, não está no momento de compra ou nem é o público certo.
Tráfego pago bom é tráfego direcionado.
Se anúncio fosse bom sozinho, ninguém pularia o YouTube
Quantas vezes você já clicou em “pular anúncio” no YouTube?
Isso acontece porque a maioria dos anúncios não é relevante.
Não conversam com o momento da pessoa, não têm abertura forte, não entregam valor.
No marketing médico é igual.
O paciente está cada vez mais seletivo.
Se o anúncio não for atrativo nos primeiros segundos, ele ignora.
Se o criativo for genérico (“Agende sua consulta”), ele passa.
Se não tiver contexto, não converte.
O que faz o tráfego pago funcionar no consultório?
✅ 1. Material visual atraente
Imagem boa, vídeo bom, carrossel educativo, médico aparecendo, explicando, humanizando.
Criativo ruim = campanha cara.
✅ 2. Conteúdo relevante
O que esse paciente quer ver?
Sobre o que ele está pesquisando?
“Agende consulta” não educa.
“Descubra se seu caso tem indicação de cirurgia”, sim.
✅ 3. Segmentação estratégica
Não adianta mostrar histeroscopia para homem, nem vasectomia para adolescente.
Segmentar por cidade, idade, interesse e até comportamento melhora muito o custo.
✅ 4. Chamada para ação inteligente
Em vez de ir direto para “marque agora”, pode trabalhar etapas:
“Assista ao vídeo do médico”
Isso aquece o público antes de levar para o WhatsApp.
“Veja como é o procedimento”
“Baixe o guia”
Tráfego sem jornada não fideliza
O grande erro de muitos médicos é achar que tráfego é fim — quando na verdade ele é meio.
Tráfego leva o paciente até você.
Mas quem converte é o conteúdo, o atendimento e a experiência.
Não adianta fazer anúncio se:
- o WhatsApp demora para responder;
- a recepção não sabe sobre a campanha;
- o preço não está claro;
- o médico não aparece em lugar nenhum no digital.
Tráfego pago entrega oportunidade.
Quem transforma em paciente é o consultório.
Conclusão: tráfego pago precisa de estratégia
Na prática, doutor, pagar anúncio sem planejamento só dá número de vaidade: visualizações, cliques, comentários.
Mas não dá consulta.
O tráfego pago é uma ferramenta poderosa — quando usada com inteligência, criatividade e conhecimento da plataforma.
Quem entende o comportamento do paciente nas redes, cria campanhas melhores.
Quem só impulsiona, só gasta.
Se você quer investir de forma profissional, monte a jornada primeiro e o tráfego depois.
Ou trabalhe com quem entende de marketing médico, não só de botão de impulsionar.
Cláudia Flehr
Carreira & Marketing Médico
Tráfego não é milagre. É estratégia.


